O DESERTO DE CADA UM (DO LIVRO "MARTE. MINHA MORTE OU MINHA SORTE?)


O DESERTO DE CADA UM
(Do meu livro "Marte. Minha Morte ou Minha Sorte?

Neste exato momento
Sobrevoamos o Planeta Terra,

Sobrevoamos os seus desertos.

Espantosamente,
Entramos em nosso próprio deserto,
O deserto de cada um.
Um deserto escondido
Dentro da alma
E que ninguém pode sobrevoar.
Tão cheio de mistério
E beleza
Como o deserto que o Universo apresenta
Aos viajantes do espaço interminável.

Tão linda beleza!
De inesgotável beleza
E mistério,
A Terra com sua névoa azulada,
Seu espírito supremo,
Quântico ou místico,
E nós,
Que há pouco lá tramávamos
Para sobreviver melhor que os outros
Seres humanos.

Agora,
E para sempre,
Deveremos guardar tais lembranças
Em nossas almas
Para alimentar a esperança
De um dia a missão acabar
E de um dia voltar
Ou de pelo menos
Acalmar nossos ânimos marcianos.

Poderíamos voltar se os Navegantes Estelares,
Doutros planetas,
Vizinhos ou não,


Resolvessem aparecer.


Se eles fossem intrometidos,
Como todo deus não é,
E intervissem em nossa missão
E nos salvassem a todos os sobreviventes,
Trazendo-nos de volta
Ao maravilhoso seio da humanidade
Problemática humanidade.
Ou,
Talvez,
Nos deixando no Lado Escuro da Lua.

Estupefatos agora
Pela visão de tamanha beleza,
Rodeado de um silêncio,
Tão profundo silêncio,
Que podemos ouvir
As batidas do coração do outro
Aqui dentro de nossa nave.
Aceleradas batidas de corações.

Um lindo e gigantesco oceano
De vida.
E os nossos pensamentos mais profundos
Sobre a Terra e seus seres,
Humanos ou não,
Sobre nossas mais belas ideias
Em prol de algo mais superior,
Que é a vida em toda a sua plenitude divina,
Divinamente humana.
Um maravilhoso e gigantesco oceano
Repleto de vida desconhecida.
Barcos e navios,
Cada qual com seus espíritos
De ganância ou de sobrevivência,
Mas cada um naquela solidão turbulenta,
Solidão temporária,
Contrária a nossa
Aqui em cima,
Como anjos sem poderes,
Como deuses imaginários,
Sobre a humanidade.

As florestas que vemos,
Lindo verde espalhado
E agredido a cada segundo,
E nossos desejos sustentáveis,
Sobre a estrutura da sustentabilidade:
Da solução do dilema
Preservação e desenvolvimento,
Intimo da mudança e da identidade,
Do movimento e das leis
Na estrutura invisível das coisas,
Ontologia divina,
Encapsuladas pela essência e a existência,
Obra de uma metafísica sustentável e inclusiva.

Essas florestas gigantescas florestas
São,
A aqui de cima,
Apenas um lodo sobre uma gigantesca bola,
Cheia de vida
De todos os tipos,
Que flutua lentamente


No negro mar escuro do Cosmos.

E não há mais necessidade de dizer
Algo a alguém.
Apenas o diário
Será nosso amigo mais íntimo
Que poderemos contar
Até o fim de nossas vidas.
Nós não temos mais orgulho!
Aquele orgulho pueril,
Tão infantil que devíamos ter,
Porque o capitalismo não humanizado
Impunha-nos esse sentimento tão tolo a todos.
Oh, triste capitalismo primitivo!
Um dia será humanizado
Com a liberdade para todos,
Apenas a todos que produzem
As riquezas materiais da Terra,
Jamais para os vagabundos bem vestidos!

É tudo tão gigante!
Meus olhos lagrimam
Por não poderem ver tudo
E admirar tudo
De uma única vez,
Como numa página de um catálogo de arte.

E a cada momento,
Segundos,
Infinitos segundos
Que mais parecem horas,
Distanciamos-nos de nossa meta
De simples seres humanos distraídos em viver,
Em acumular histórias,
Em participar da história,
Quase sempre como engrenagens
De uma máquina perversa
Ou como uma ovelha deum rebanho
Com um malvado pastor.
Distanciamo-nos para darmos adeus,
Definitivamente,
Aos desígnios de Deus,
Submerso em Sua Santíssima Vontade
Para nos lançarmos ao profundo de Sua obra,
Bem longe,
Para nós,
Agora,
 Ex-humanos,
Daquilo que outrora a ignorância humana
Acreditara ser a única
Obrigação do Homem para com Deus,
Nessa parte do Universo!

Que maravilhosa é a vida!
Que maravilhosa é a Terra!
Que maravilhosa é a misteriosa Criação!
Tão maravilhoso quanto o Arquiteto do Universo!
Fontes de alegria esplendorosa,
Como a alegria de uma criança
E a alegria de um adulto diante de uma criança.

Na Terra se criam muitas discórdias.
Talvez seja porque ninguém conhece tamanha grandeza
Aqui em cima.
Além disso,
O Homem anda cabisbaixo
Procurando suas moedas.
Tanta ambição
E preguiça
Que o faz querer viver à custa dos outros
Em instituições que povo
Ou parte dele acredita ser do bem
E que não passam de produto
Da capacidade de alguns seres humanos
De viver abundantemente
Do esforço dos outros
Que tem boa fé.

E,
Como sempre,
Lá no fundo do Universo,
À espreita,
Como guardas ou policiais do espaço sideral,
Uma linda luz azulada
Correndo velozmente
De uma parte para outra sobre a Terra,


Que estaciona por alguns minutos


Deixando ver a sua silhueta ufológica
Produzindo um misto de medo
E êxtase
Pelo que isso significa:
A existência de vida inteligente além da humana,
A possibilidade de salvamento
Caso a humanidade acelere a sua autodestruição
E a possível salvação de nossa equipe em Marte.
Mas,
Mais que isso,
A possibilidade,

Na comprovação lá na Terra...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DO SER

IMAGENS ESTRANHAS QUE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL(IA) CRIOU

UMA DE MINHAS ARTES PERDIDAS NO TEMPO (ARTE)